" Súbito "

Alguns fios em minha cabeça começam a se desligar.
Um leve súbito, dores constantes.
Fortes dores no peito, respirar virou uma tortura.
Meu corpo padece aos poucos, em cada piscar de olhos.
Uma fusão de nêutrons e elétrons, em choque.
Viver é uma arte que prática quieta, palavras feitas por mim.
Afundando-me em águas rasas, me preservo em ficar só.


Uma vida de altos e baixos, e fundos.
Glórias e derrotas.
Uma vida de afins, e fim.

Memória de quem me ama, me amou, ou achou.
De quem me odiou, sentiu raiva, inveja.
Provou ou simplesmente ficou na vontade.
Da tempestade que sou, na intensidade de ser amado por mim.

Como um fantasma, ou como tal, na memória de quem passou por mim.
De quem fez parte da minha vida e se fez necessário.
Breve, súbita e gostosa vivência neste mundo de mortais, e pecadores.


Dedicar uma vida inteira a palavras.
A palavra junta formando canções, poetas, estórias.
Sempre com a mesma estória de haver começo, meio e fim.
Minha estória termina aqui, no meio.
Sem fim, apenas na memória.


Suéllen por Suéllen
São Paulo, 27 de Abril de 2009.
Brasil, meu coração desperta.

" Despedida "

Sinto a hora de dizer o que penso, como penso...
Minhas alegrias, meus sonhos, minha despedida.
Devo contar minhas frustrações, amores mal vividos e nunca resolvidos.
Minhas fraquezas, meu medo.
Meu medo do escuro, da solidão.
Devo contar minha verdade, da minha forma, do meu jeito.
Jeito louco, vida louca.
Sú, Suka. Suéllen... Rainha!
Devo contar?
Minhas paixões, minhas mulheres, minha fiel fraqueza.
Meus amores, minha família, meu trabalho.
Meu jeito mimada , menina brincando de ser mulher.
Amigos, decepções, colegas, decepções, inimigos, decepções, falsidade, decepções.
Mágoa, muita mágoa.
Tristeza, muita tristeza.
Lágrimas, muita lágrimas.
Vai lá, quebre a cara mais uma vez!
Dê a cara a tapa, vire a face. Viva !
Seja do jeito que for, ainda verei as pessoas com olhos de uma criança tola, com esperança.
Com a certeza que tudo um dia será melhor.
Dia após dia. Tempo.
Lembranças boas, ruins, levemente duras...
Lutar por um grande amor que é só teu, e voltar ao que é nosso.
Me despeço, será a hora certa?
A hora de minha despedida.

P.S: A minha mãe, minha Rainha.
Ao meu grande amor, Adriana Almeida.

Ao Meu Amor

" Sobre o Amor "


Sobre o amor, o desamor.
Sobre a paixão.
Sobre ficar.
Sobre desejar.
Como saber te amar?
Sobre querer , sobre entender.
Sem esquecer.
Sobre a verdade e a ilusão.
Quem afinal é você?
Quem de nós vai mostrar o que realmente quer?
O coração nesse furacão, ele é onde estiver.
O meu querer é complicado demais.
Quero o que não se pode explicar aos normais sobre o porque de tantos porques, e responder.
Entre a razão e a emoção eu escolhi você pra amar e viver o resto da minha vida...

P.S: Eu já disse que te amo hoje?
Não.
Eu te amo!
Ainda?
Sempre...

"Mau Nenhum"

" Nunca virão ninguém triste?Por que não me deixem em paz, as guerras são todas tão triste e não tem nada de mais.Me deixem um bicho acuado, por um inimigo imaginário. A correr atráz dos carros feito um cachorro otário.Me deixem ataque equivocado, por um falso alarme. Quebrando objetos inúteis, como quem leva uma porrada.Me deixem esmurrar a faca , amolar a faca cega da paixão. Me dá tiro a esmo, ferindo sempre o mesmo cego coração.Por isso não escodam suas crianças, nem me chamem o síndico. Não me chamem a policia não, e não me chamem o hospícil.Eu não posso causar mau nenhum a não ser a mim mesmo, a não ser a mim. Mal nenhum, a pra correr atráz dos carros, mau nenhum, a não ser a mim mesmo...

"Sempre... <<>>

<< Sempre >>

São Paulo esfrega teu sexo na minha cara.
E eu gozo tudo o que ela amara.
Vou rouca do rock, blues, MPB.
Música urbana, música rara.
Ela era nossa musa
Ela era nossa tara
Era doce, era fera.
Cássia era nossa cara.
Vem cá, cá, cá, Cássia Eller.
Me choca, ca, Cássia Eller.
Cós, cós, cós, cospe em mim, Cássia Eller.
Me chuta,ta, Cássia Eller.

Cássia Rejane Eller

São Paulo, 29 de Dezembro de 2007.


"Por Enquanto"

Mudaram as estações, nada mudou.
Mas eu sei que alguma coisa aconteceu, ta tudo assim tão diferente.
Se lembra quando a gente chegou um dia acreditar que tudo era pra sempre, sem saber que o pra sempre sempre acaba .
Mas nada vai conseguir mudar o que ficou.
Quando penso em alguém, só penso em você.
E aí, então, estamos bem.
Mesmo com tantos motivos pra deixar tudo como está. Nem desistir nem tentar agora tanto faz estamos indo embora pra casa.

Á Cássia Rejane Eller
Seis Anos

<< Meus Erros >>

São Paulo, 29 de Dezembro de 2007.

“Meus erros”

Meu erro foi não viver intensamente cada amor, cada paixão, cada olhar.
Meu erro, foi não dizer EU TE AMO as pessoas certas, que se importam comigo realmente.
Meu erro foi não acreditar na verdade de um grande amor, que está indo embora mais uma vez, fugindo das minhas mãos... Dos meus olhos.
A cada dia que se acaba, durmo com a certeza de não ter feito o que deveria fazer. E choro.
Minhas lágrimas estão secando... Não tenho mais forças...
Vivendo com a certeza que mais um dia está se acabando.
E triste com um novo que está a começar.
Sinto-me sozinha, perdi quase tudo que tenho, e percebo que me restou somente o rancor, o ódio... Mágoa...
Desprezo.
Meu erro foi não pedir desculpas a quem é preciso.
Meu erro é esse orgulho banal e sem coerência.
Meu erro é ser fraco, e desistir fácil das coisas que realmente preciso.
Meu erro é não acreditar na família e no que ela nos traz.
Meu erro é não acreditar no verdadeiro amor de uma mãe.
Meu erro foi não ter aprendido a amar...
Ou fingir que ele está ao meu lado.
Meu erro foi ser tão cabeça dura, e não parar pra pensar.
Meu erro foi magoar as pessoas que amo e não me desculpar.
Meu erro é usar as palavras apenas para escrever, talvez dizê-las seria melhor.
Meu erro é ter esse medo de ser feliz.
Meu erro está sendo agora... Estou desistindo de tudo, mais uma vez.
E talvez o grande erro foi ter vindo e sair fracassado, não ter realizado minha missão neste mundo: TER FEITO ALGUÉM FELIZ.

Att.
Suéllen por Suéllen
29/12/2007